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Clustering: Entendendo o Algoritmo K-Means

Ilustração do processo de clustering utilizando o algoritmo K-Means para análise de dados

No mundo dos dados, desvendar padrões e extrair insights significativos é uma busca constante. Uma abordagem poderosa para essa tarefa é o uso do algoritmo de agrupamento K-Means, uma técnica de aprendizado de máquina (aprendizado não supervisionado) que revolucionou a compreensão de dados. Neste artigo, mergulharemos nas entranhas do K-Means, explorando sua implementação com Python, suas aplicações e princípios subjacentes. Vamos começar nossa jornada rumo à descoberta de padrões ocultos e à exploração do potencial do algoritmo de agrupamento K-Means.

O Que é o Algoritmo K-Means?

O algoritmo K-Means é uma ferramenta poderosa no arsenal do aprendizado de máquina. Ele se enquadra na categoria de aprendizado não supervisionado, sendo ideal para resolver problemas de agrupamento de dados. Sua principal tarefa é dividir um conjunto de observações em K grupos distintos, onde K é um número predefinido.

Esse algoritmo utiliza o conceito de quantização vetorial. Basicamente, ele atribui cada observação do conjunto de dados ao grupo cujo centróide está mais próximo, formando assim os grupos. O objetivo do K-Means é minimizar a soma dos quadrados das distâncias entre as observações e seus centróides correspondentes. O resultado é um conjunto de grupos que são homogêneos internamente e distintos entre si.

Aplicações do K-Means

O K-Means encontra aplicação em diversos cenários, abrangendo várias áreas:

  1. Segmentação de Clientes: Em setores como bancos, telecomunicações e comércio eletrônico, o K-Means é empregado para segmentar clientes com base em seus comportamentos e preferências.
  2. Agrupamento de Documentos: Em análise de texto, o algoritmo pode agrupar documentos similares, auxiliando na organização e categorização.
  3. Sistemas de Recomendação: É possível criar sistemas de recomendação com o K-Means. Por exemplo, ao recomendar músicas, ele pode identificar similaridades nos gostos dos usuários.

Essas são apenas algumas das muitas aplicações possíveis, e tenho certeza de que você já pensou em outras! Compartilhe suas ideias nos comentários.

Implementação do K-Means com Python

Vamos agora mergulhar na implementação do K-Means usando a linguagem de programação Python. Abaixo estão os passos principais:

1. Importando Bibliotecas

Antes de tudo, importamos as bibliotecas necessárias para nossa implementação:

 
import numpy as np
import pandas as pd
import matplotlib.pyplot as plt
import seaborn as sb

2. Carregando e Analisando os Dados

Carregamos os dados em um DataFrame e analisamos sua estrutura:

 
df = pd.read_csv('student_clustering.csv')
print("Formato dos dados:", df.shape)
df.head()

3. Visualizando os Dados

Visualizamos os dados usando um gráfico de dispersão para entender sua distribuição:


plt.scatter(df['cgpa'], df['iq'])
plt.show()

4. Importando do Scikit-learn

Importamos a classe KMeans da biblioteca Scikit-learn:

 
from sklearn.cluster import KMeans

5. Encontrando o Valor Ótimo de K

Usamos o método do cotovelo para encontrar o número ótimo de grupos K:

 
wcss = []
for i in range(1, 11):
    km = KMeans(n_clusters=i)
    km.fit_predict(df)
    wcss.append(km.inertia_)

plt.plot(range(1, 11), wcss)
plt.show()

6. Aplicando o K-Means

Aplicamos o K-Means com o valor ótimo de K:

 
X = df.iloc[:, :].values
km = KMeans(n_clusters=4)
y_means = km.fit_predict(X)
print(y_means)

7. Visualizando os Clusters

Visualizamos os clusters formados no conjunto de dados:

 
plt.scatter(X[y_means == 0, 0], X[y_means == 0, 1], color='blue')
plt.scatter(X[y_means == 1, 0], X[y_means == 1, 1], color='red')
plt.scatter(X[y_means == 2, 0], X[y_means == 2, 1], color='green')
plt.scatter(X[y_means == 3, 0], X[y_means == 3, 1], color='yellow')
plt.show()

8. Explorando Casos 3D

Exploramos sua aplicação em dados tridimensionais:

 
from sklearn.datasets import make_blobs
centroids = [(-5, -5, 5), (5, 5, -5), (3.5, -2.5, 4), (-2.5, 2.5, -4)]
cluster_std = [1, 1, 1, 1]
X, y = make_blobs(n_samples=200, cluster_std=cluster_std, centers=centroids, n_features=3, random_state=1)

import plotly.express as px
fig = px.scatter_3d(x=X[:, 0], y=X[:, 1], z=X[:, 2])
fig.show()

wcss = []
for i in range(1, 21):
    km = KMeans(n_clusters=i)
    km.fit_predict(X)
    wcss.append(km.inertia_)

plt.plot(range(1, 21), wcss)
plt.show()

km = KMeans(n_clusters=4)
y_pred = km.fit_predict(X)

df = pd.DataFrame()
df['col1'] = X[:, 0]
df['col2'] = X[:, 1]
df['col3'] = X[:, 2]
df['label'] = y_pred

fig = px.scatter_3d(df, x='col1', y='col2', z='col3', color='label')
fig.show()

Conclusão

A análise de dados por meio do algoritmo oferece uma abordagem poderosa para identificar padrões e insights em conjuntos de dados. Ao compreender o funcionamento desse algoritmo e suas aplicações, você estará preparado para explorar e analisar dados de maneira mais eficaz. Lembre-se de que, embora o K-Means seja uma ferramenta valiosa, é importante considerar suas limitações e desafios ao aplicá-lo em diferentes contextos. Agora você tem as ferramentas necessárias para começar a desvendar os segredos ocultos em seus próprios conjuntos de dados.

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